A Filha do Iluminismo
Da Vênus de Milo aos surrealistas
A maior cidade da França tem uma rede fabulosa de museus e galerias. A primeira etapa óbvia será o Louvre, no coração da cidade. O acervo de arte e arqueologia é inigualável e abrange todos os períodos da história. Percorrê-lo é uma tarefa longa! E há todo o palácio em si: sabia que ele já foi sede da monarquia francesa?
Depois há o resto, que é enorme
Como o Centro Georges Pompidou, projeto revolucionário da arquitetura na zona do Marais e com mais de 60 mil obras de arte contemporânea. Após ver a Mona Lisa de Da Vinci no Louvre, aqui você encontrará a versão irônica de Marcel Duchamp.
Instalado em uma antiga estação ferroviária, o Musée D’Orsay impressiona tanto pela grandiosidade do edifício como pela coleção de pintura e artes plásticas do século Van Gogh, Renoir, Degas e Monet fazem parte deste percurso, e as filas não costumam ser gigantescas.
As obras do escultor e autor de O Pensador encontram-se no Musée National Rodin, enquanto o moderno Musée du Quai-Branlyse dedica à etnologia e outras civilizações. E o maior museu de ciência da Europa? É o futurista Cité des Sciences et de L’Industrie, um pouco mais longe do centro, no Parc de la Villette.
Fachadas com história
Andar pelos museus já dá uma boa perspectiva da riqueza arquitetônica de Paris.
Mas não pare por aí. A viagem continua pelos diversos estilos, e não apenas no esplendor barroco do Palácio de Versalhes.
Na era medieval, a Île de la Cité marca pontos. É lá que estão o Concierge, antigo palácio real, tribunal e prisão, e a famosa catedral de Notre-Dame, construída no século XIII.
A influência renascentista sobressai no Hotel de Ville, edifício da prefeitura. Já o Arco do Triunfo e o Panthéon são verdadeiras joias do estilo neoclássico. A Torre Eiffel, símbolo máximo de Paris desde 1899, e o Grand Palais representam o período art nouveau durante a “Belle Époque”.
Já no século XX: foi apenas em 1914 que ficou concluída a construção da basílica do Sacré Coeur, em Montmartre. Apesar de recente, inspira-se no antigo estilo bizantino, com destaque para a catedral de Santa Sofia em Istambul. Quanto ao pós-modernismo, o mesmo é bem evidente no Pompidou e na Cité de la Musique.
A paixão pelos livros
Estamos no país com mais prêmios Nobel da Literatura. São quinze ao todo, incluindo Patrick Modiano, o vencedor em 2014. Há até um passeio parisiense para seguir as pisadas de grandes escritores, franceses e estrangeiros.
Entre muitas opções, destaca-se a Shakespeare & Company, homenagem à livraria original onde nos anos 1920 reuniam-se nomes como James Joyce, Hemingway e Ezra Pound. Hoje em dia está situada na 37 rue Bûcherie.
No Museu Carnavalet, uma reconstrução do quarto de Marcel Proust mostra o ambiente em que foram escritos os sete volumes de Em Busca do Tempo Perdido.
E não há como escapar a uma visita às casas de dois gigantes do século XIX: a de Victor Hugo, na 6 Place des Vosges e a de Balzac, na 47 Rue Raynouard.
Para os ouvidos
Debussy, Ravel, Berlioz e Bizet são os grandes nomes da música clássica francesa, que marca presença com grandes produções na Opera Bastille, Théâtre du Châtelet e Cité de la Musique.
A música contemporânea mostra-se através dos eventos promovidos pelo centro experimental IRCAM. No Le Zenith, onde foram gravados muitos álbuns ao vivo, realizam-se os maiores concertos mainstream atuais. E, é claro, no verão, é imperdível o festival Rock en Seine.
Molière & companhia
Os palcos fazem parte do charme parisiense. Comédie-Française, Bobino, Mogador e Gaîté-Montparnasse são alguns dos principais palcos de teatro clássico e contemporâneo. No Palais Garnier, antigo edifício neobarroco, são apresentadas também peças de balé.
O telhado com o moinho vermelho do Moulin Rouge, no Pigalle, é inconfundível. O show de cabaret é provavelmente o espetáculo mais famoso da cidade.