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Uma viagem pela História das fardas TAP
Está, também, escrita no design e na moda. Logotipos corporativos, materiais de marketing e publicidade, loiças de serviço de bordo, ou pinturas especiais de aviões são alguns exemplos que assinalam momentos da História de uma companhia aérea.
Outro exemplo – e talvez um dos mais icónicos – é o dos uniformes das tripulações de cabina. Um dos olhares possíveis sobre a História da TAP Air Portugal é este: o que vestiram, ao longo de quase oito décadas, as assistentes de bordo?
O uniforme de Miss Summers (1945 – 1947)
Composto por blazer e saia azuis-escuros, blusa bege de colarinho, gravata preta, bivaque de inspiração militar, sapatos pretos com salto alto grosso e atacadores, o primeiro uniforme feminino da TAP foi desenhado pela britânica Lucienne Marie Summers, que ficaria gravada na História da TAP como Miss Summers, vinda da British Overseas Airways Corporation (BOAC) e instrutora do primeiro curso de assistentes de bordo da recém-criada companhia aérea portuguesa. Vestida pelas tripulantes da TAP nos primeiros três anos de vida da companhia, esta primeira farda chegou ainda, por isso, a envergar o seu segundo logótipo, alterado em 1947.
O chamado “uniforme tropical” é um dos mais icónicos da História da TAP. Composto por blusa de manga curta, saia sarja e chapéu-panamá caqui, sapatos de salto grosso, e mala couro cor de mel, a sua autoria é desconhecida, mas atribuível a tripulantes. Utilizado unicamente na Linha de África, uma espécie de “farda de verão” para ser usada em climas tropicais, coincidiu no tempo com os dois primeiros uniformes da companhia.
A partir de 1948, a farda das assistentes de bordo foi atualizada, perdendo os seus elementos de inspiração militar, como o bivaque e a gravata, e ganhando em elegância e feminilidade. De autoria atribuída às próprias tripulantes, o blazer e saia com pregas laterais, azuis-escuros, e blusa agora branca passaram a ser acompanhados por chapéu em feltro, com formato arredondado e uma pequena aba, e por sapatos de salto alto fino e mala pretos. Nos seis anos em que pôde ser visto a bordo, este uniforme transportou também dois logótipos da TAP.
A chegada do avião Super Constellation foi também uma ocasião para mudar novamente os fardamentos dos tripulantes. A terceira farda da TAP marcou, então, o regresso a um modelo mais militarista. A cor passou do azul-escuro para o cinzento e voltaram a gravata e o bivaque. Saia justa, pelo meio da perna e com duas pregas à frente e casaco cintado conferiam à farda um estilo muito feminino. Desenhado pelo Comandante Silva Soares, então também piloto-chefe da companhia, este passou também a ser o único uniforme em utilização.
Um ano depois, o azul-escuro volta a ser a cor dominante das fardas das assistentes, tendo esta sido a principal alteração feita para a nova versão. Ainda mantendo algum do seu corte militarista, a mudança para o azul e a perda da gravata deram uma renovada aparência às tripulantes que, para o serviço a bordo, ganharam ainda a alternativa dos sapatos rasos, mais funcionais, demonstrando uma maior atenção ao conforto e à segurança das trabalhadoras.
Embora a autoria deste novo uniforme não esteja confirmada, é quase certa a sua atribuição a Ana Maravilhas, cujas produções de alta-costura eram muito procuradas na época e que chegou a criar vários vestidos de palco para Amália Rodrigues. A nova farda das assistentes da TAP quebrou com a linha militar seguida desde a fundação da companhia, eliminando o bivaque e acrescentando um lenço branco de seda, que podia ser usado sobre o chapéu, “à algarvia”, ao mesmo tempo um apontamento nacional e regional e uma proteção contra o vento.
A segunda metade da década de 60 trouxe uma nova cor aos aviões da TAP, com uma identidade marcadamente mais moderna e menos formal. O estilista Sérgio Sampaio introduziu alterações significativas à farda das tripulantes, que começou desde logo pela cor, que passou a azul-petróleo. O bivaque de estilo militar deu lugar a um chapéu de feltro decorando com dois pompons, inspirado no traje regional das mulheres da Nazaré, combinando modernidade e tradição. Este modelo era ainda composto por blazer e saia, que descobria os joelhos, e blusa de gola amarela. As luvas de mousse branca rematavam o conjunto.
Com assinatura do francês Louis Féraud, o uniforme que é, ainda hoje, considerado um dos mais icónicos da História da TAP trouxe uma revolução de cor e moda à companhia aérea nacional. Os tailleurs foram substituídos por vestidos acima do joelho, com três opções de cores dominantes - amarelo, vermelho e azul. O chapéu tinha uma pequena aba e um pompom nazareno (adaptando este apontamento do estilista percursor) e os sapatos passaram a ter salto médio e grosso, com uma aplicação metálica. Os lenços de seda branca complementavam os uniformes que vestiram as tripulantes da TAP durante toda a década.
Em 1980, Féraud voltou a ganhar o concurso lançado pela TAP para criar os novos uniformes das tripulações. Em sintonia com a nova imagem e logótipo TAP Air Portugal, o costureiro assinou o regresso do azul-escuro às fardas, com apontamentos de vermelho e verde. A farda era composta por blazer curto e saia de pregas azuis-escuros. As blusas podiam ser vermelhas, com riscado ou brancas com vivos de cor, de manga curta ou comprida. O chapéu era de feltro com aba larga azul-escuro, sapatos ou botas altas, e mala de calfe azul-escuro com vermelho.
Louis Féraud volta a assinar as alterações feitas aos uniformes das tripulantes da TAP, que vigoraram até 2007, marcando assim um domínio do criador francês na imagem que a TAP transportou pelo mundo durante décadas. Continuando na linha do uniforme anterior, esta nova versão introduziu uma profusão de acessórios de cores variadas e de dourado, os botões dourados com o 4.º logótipo da companhia, o casacão de fazenda azul-escuro com colarinhos amovíveis, e a gabardina.
“Senhores passageiros, bem-vindos ao século XXI” (2007 - …)
O último concurso com vista à renovação das fardas foi destinado a criadores portugueses. A dupla Manuel Alves e José Gonçalves assinou a nova imagem das tripulações, ainda hoje em vigor. O verde e o vermelho são as cores dominantes, entre as quais as assistentes podem escolher, combinadas com o azul-escuro. Dinâmico e versátil, este uniforme dá a escolher entre várias peças, que incluem calças, vestidos, sobretudos, blazers, casacos e camisolas de malha, entre outros elementos.
Em 2019, recuperando uma prática usada em uniformes anteriores, as assistentes de bordo passaram também a envergar insígnias – neste caso, estrelas douradas – que identificam as funções de assistente, chefe de cabina ou supervisora de cabina.
Os homens também usam farda
Ao longo dos quase 80 anos de História da TAP, foram mais significativas as mudanças nos uniformes dos elementos femininos das tripulações de cabina. Os uniformes masculinos, embora também tenham sofrido alterações ao longo dos anos, mantiveram sempre uma linha mais militarista. De assinalar são a versão masculina do uniforme tropical e o casaco de serviço bordeaux que Louis Féraud introduziu em 1970.