5 coisas imperdíveis na capital de Angola

Apesar de estar muito mais segura e tranquila do que há alguns anos, a cidade de Luanda ainda não recebe muitos turistas fora do chamado turismo de negócios. Mas a verdade é que a capital angolana é a porta de entrada no país e tem atrativos mais do que suficientes para merecer a atenção do viajante de lazer. Da Fortaleza de São Miguel à icónica marginal da Baía de Luanda, passando pelo Palácio de Ferro e vários pequenos museus e praias nas proximidades de fazer inveja a muitos destinos mais famosos, estes são cinco dos principais motivos de interesse da capital angolana para quem a visita em lazer. E isto sem falar da sua deliciosa gastronomia!

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Fortaleza de São Miguel
Fotografia da entrada da Fortaleza de São Miguel, onde é visível um portal em forma de estrela, ladeado por canhões de ambos os lados, e pela bandeira de Angola hasteada à direita. Ao fundo, em segundo plano, é possível distinguir uma parte da fachada do monumento da fortaleza em si.

A Fortaleza de São Miguel, em Luanda, que atualmente alberga o Museu Militar, localiza-se no antigo monte de São Paulo, atualmente denominado de Morro da Fortaleza, nas proximidades da ponte da chamada Ilha de Luanda, em Angola. Foi a primeira estrutura defensiva a ser erguida em Luanda, no século XVI.

Do ponto de vista turístico, é sem dúvida uma das principais atrações da capital angolana. Desde logo, pelo edifício. Depois, pelo museu militar propriamente dito, local onde é possível observar diversos meios utilizados na Guerra Colonial, além de peças de artilharia e viaturas militares usadas na posterior guerra civil pelas forças dos partidos políticos angolanos e da África do Sul. E, não menos importante, pelos magníficos painéis de azulejos que se encontram no interior da fortaleza. Por fim, pelas belíssimas vistas sobre a Baía de Luanda.

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Marginal de Luanda

Debruçada sobre a Baía de Luanda, a Avenida 4 de Fevereiro, conhecida popularmente como Marginal, é a avenida de maior prestígio da cidade, onde se concentram ministérios, serviços públicos, hotéis e sedes de grandes empresas. Se perguntar a alguém sobre o que conhecer na capital angolana, é muito provável que a primeira resposta seja a Marginal. Tão movimentada quanto fotogénica, é seguramente uma das melhores regiões onde ficar em Luanda e, sem qualquer dúvida, um dos ex-libris da capital angolana. Imperdível, tanto para quem viaja em negócios como em lazer.

Fotografia de uma vista da marina de Luanda, em cujo calçadão assenta uma instalação de tamanho grande, feita em algum tipo de metal, contendo a inscrição "Eu <3 Luanda". Atrás desta instalação, alinham-se três árvores e é visível o mar como pano de fundo.
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Palácio de Ferro
Fotografia a partir do exterior de um dos lados do Palácio de Ferro e em particular da sua fachada, onde se tornam especialmente evidentes as paredes amarelas e os detalhes rendilhados na varanda, nos corrimões, balaústres e arcos em que o edifício assenta.

Um dos edifícios que tinha mais curiosidade de conhecer era o chamado Palácio de Ferro. Trata-se de um edifício vistoso, com uma “filigrana” de ferro a decorar a fachada, e cuja autoria tem sido atribuída ao arquiteto francês Gustave Eiffel.

Não há forma de comprovar a veracidade dessa suposição mas, independentemente da sua real autoria, é seguramente um dos mais fascinantes locais a visitar em Luanda. Principalmente pelo edifício propriamente dito, mas com o bónus de normalmente se encontrarem exposições de arte em exibição. Não foi o caso no dia em que visitei, pelo que o interior do Palácio de Ferro estava mais despido, mas a programação cultural vai sendo de certa forma regular. É uma questão de se manter atento à programação.

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Museu Nacional da Escravatura

Com sede no edifício da Capela da Casa Grande, datada do século XVII, está também instalado o Museu Nacional da Escravatura. Ao que consta, essa capela está no local “onde os escravos eram baptizados antes de embarcarem nos navios negreiros que os levavam para a América”. Atualmente, o museu reúne e expõe peças utilizadas no processo de tráfico de escravos.

De referir que toda a propriedade onde se encontra o museu pertenceu a “um dos maiores comerciantes de escravos da costa africana na primeira metade do século XVIII”, de seu nome Álvaro de Carvalho Matoso.

Em suma, vá com expectativas moderadas e poderá gostar do Museu Nacional da Escravatura. Mas não se esqueça que é um lugar muito pequeno e com um projeto museológico muito simples. Fica em Morro da Cruz, fora da capital.

Fotografia captada numa sala no interior ado Museu Nacional da Escravatura, onde, sobre as paredes pintadas de azul, estão dispostos alguns objetos, seja pendurados ou dentro de nichos, bem como inscrições de texto e desenhos feitos a preto.
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Cabo Ledo
Fotografia do areal de uma praia, sobre o qual se estende um passadiço feito de tábuas de madeira escura. Do lado esquerdo, uma fileira de árvores estende-se pelo areal, e do lado direito, uma fileira de cabanas. Mais à direita, é visível uma ponta de mar, e ao fundo o cume uma colina.

Um pouco mais longe, Cabo Ledo é um dos principais destinos de fim-de-semana para os habitantes da capital. E é fácil de perceber os motivos. A distância é aceitável, as praias são magníficas, a gastronomia é deliciosa – baseada em peixe e marisco – e a hotelaria é do melhor que existe em todo o país.

Vale a pena referir que Cabo Ledo era originalmente uma pequena aldeia de pescadores que, nos últimos anos, tem crescido bastante à boleia da presença do turismo. Mas ainda continua a ser muito apelativa. Caminhando pela aldeia instalada no areal, vai seguramente reparar que as estruturas para secar o peixe são um paraíso para os amantes de fotografia, e não faltarão oportunidades para conversar com os pescadores. Um lugar para desfrutar.

Por Filipe Morato Gomes / Alma de Viajante

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