5 Coisas que tem mesmo de fazer em São Vicente

Apesar de muito árida, a ilha de São Vicente oferece inúmeros atrativos. Assim, e para além de desfrutar do clima tropical e da magnífica praia da Laginha, vale muito a pena explorar os museus e galerias, conhecer os mercados de peixe e visitar as pequenas aldeias piscatórias, apreciar a paisagem em locais como o Monte Verde e desfrutar do ambiente boémio da cidade do Mindelo. Eis, pois, cinco coisas que tem mesmo de ver ou fazer na ilha de São Vicente.

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Praia da Laginha
Vista de paisagem da Praia da Laginha, onde em primeiro plano é visível o areal, ladeado à esquerda por um mar com dois ou três tons de azul, e uma paisagem de colinas ao fundo, onde é distinguível a fachada de alguns prédios.

O bairro da Laginha, também conhecido como Matiota, é a zona balnear da cidade do Mindelo, principal urbe de São Vicente. É lá que fica a praia da Laginha, uma praia urbana com um vasto areal e ótimas condições para nadar nas águas tranquilas da baía, localizada a quilómetro e meio do centro histórico da cidade.

Para os mindelenses, é um local privilegiado para aproveitar o fim de semana ou um final de tarde a relaxar. Para os turistas, é ponto de paragem obrigatória – não só pelo mar, mas também pelos seus cafés e esplanadas. Se não sabe onde ir após explorar as ruelas do centro e um ou outro museu, um mergulho na praia da Laginha pode muito bem ser a solução.

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CNAD – Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design

O Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design, mais conhecido por CNAD, chama a atenção desde logo pela arquitetura do edifício onde está instalado. Coberto por círculos a fazer lembrar tampas de bidões, vibrantes e coloridos, marca de forma vincada a paisagem em torno da Praça Nova.

No seu interior, encontrei uma exposição de pintura que, com toda a honestidade, não me disse muito. Mas arte é arte – e gostos não de discutem – pelo que é visitar e pronto (até porque as exposições vão mudando). O restante espaço, palco de outras exibições, estava encerrado por algum “motivo técnico” que não consegui descortinar – razão pela qual não consegui ver a totalidade do espólio. Ainda assim, creio que o CNAD vale muito a pena!

Estou, aliás, certo de que, para quem procura mais do que sol e grogue, o CNAD – Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design tem de estar incluído no roteiro de viagem a São Vicente.

Vista de proximidade de uma parte da fachada do Edifício do Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design, no Mindelo. A fachada é totalmente composta de pequenos círculos de cores diferentes, formando um efeito semelhante a um ladrilho.
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Mercado Municipal
Imagem da ampla sala/hall na entrada do Mercado Municipal do Mindelo. A sala é composta por dois andares. No andar inferior, dispõem-se várias banquinhas de artesanato, vigiadas pelos respetivos vendedores. Na parte superior, um varandim protegido por uma balaustrada branca rodeia a área da sala.

Datado de 1874, o edifício do Mercado Municipal do Mindelo é belíssimo, e valeria por si só a recomendação. Mas, além disso, trata-se de um excelente local para tomar contacto com os produtos cabo-verdianos e conversar com os vendedores de cestaria, produtos frescos e ervas medicinais.

É também no interior do mercado que se encontra a loja do Centro de Turismo e Economia Solidária, que organiza tours para conhecer a ilha de São Vicente.

Tudo somado, creio que o Mercado Municipal do Mindelo – tal como o Mercado de Peixe – é daqueles locais onde vale a pena ir no Mindelo. Pelo menos para todos aqueles que gostam de mercados.

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Monte Verde

Do alto dos seus 747 metros de altitude, o Monte Verde é o ponto mais alto de São Vicente. Integra o chamado Parque Natural de Monte Verde, a única área protegida da ilha cabo-verdiana.

Para mim, visitar o Monte Verde permitiu conhecer uma outra faceta de São Vicente. Um lado mais verdejante. É até possível observar o cultivo em socalcos, forma utilizada para “vencer” o declive dos terrenos, tal como na região portuguesa do Douro Vinhateiro.

No baú da memória, fica também o momento em que me cruzei com um rebanho de cabras e o seu jovem pastor, já no regresso do topo do Monte Verde e da passagem pela icónica Cabana de Chá do senhor Miguel.

Imagem de um veículo 4x4 a descer uma estrada muito inclinada de São Vicente, ladeada por um murete amarelo baixo a servir de proteção. À sua esquerda, estende-se uma ampla paisagem de céu, mar e e planície seca.
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Mural de Cesária Évora
Imagem de uma parede exterior exibindo a gravura do rosto de Cesária Évora, feita na técnica de pontilhado/picotado que celebrizou o artista Vhils.
Inaugurado em outubro de 2019, numa altura em que a morna ainda procurava ser proclamada Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO, o Mural de Cesária Évora é uma obra do artista urbano português Alexandre Farto, mais conhecido por Vhils. Trata-se de uma homenagem à “Diva dos Pés Descalços”, embaixadora maior da música cabo-verdiana, instalado na Praça Dom Luís – um espaço nobre do centro histórico do Mindelo e uma das melhores zonas onde ficar em São Vicente. Para todos os amantes do trabalho de Vhils, é outro local de visita obrigatória na passagem por São Vicente.
Por Filipe Morato Gomes / Alma de Viajante

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